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No post passado falamos sobre física, de como a cor atua no nosso organismo. Hoje vamos finalizar o conteúdo falando dos estudos que tem sido feitos nessa área, formas de utilizar a cromoterapia e quais os seus benefícios.
Embora seja uma terapia respaldada pela OMS e embasada na física e biologia, a cromoterapia não é reconhecida ainda pela comunidade científica. Mas já existem alguns usos e estudos que comprovam como as cores podem influenciar a saúde das pessoas, animais etc.
Uns dos exemplos mais simples de como as cores afetam a nossa vida está relacionado ao sol e a vitamina D. Nosso organismo só produz essa vitamina de forma natural quando nossa pele está em contato com as radiações ultravioletas do sol.
Desde a década de 1960 a luz ultravioleta vem sendo utilizada em maternidades no mundo todo para tratamento de icterícia neonatal, comum em bebês prematuros.
Um estudo foi feito baseado num episódio do desenho animado Pokémon exibido em 1997 no Japão. Nesse caso, durante a exibição do desenho, houve uma alternância de cores oposta do círculo cromático (a tela exibia muito rapidamente e de forma sequenciada as cores vermelha, branca e azul) causando 728 episódios de epilepsia nos telespectadores japoneses (e a maioria dessas crianças não era epilética, o que mais tarde foi chamada de “Epilepsia Televisiva" e "Epilepsia Sensitiva Cromática”). Quem fez a análise do que ocorreu e o porquê foi o Prof. Flávio Mario de Alcântara Calazans (Doutor pela USP), descrevendo como cada uma dessas cores influenciou nesse surto coletivo.
Calazans também, em 2004, realizou um estudo entrevistando 22 mil médicos, 5 mil enfermeiros-padrão e 15 mil pacientes internados em hospital, abrangendo 60 hospitais (de cidades com mais de 500 mil habitantes) por todo Brasil, obtendo resultados admiráveis. Descobriu que 95% dos médicos creem que as cores usadas no ambiente hospitalar podem ajudar no restabelecimento do paciente, 4% acham que talvez e somente 1% não acreditam que as cores tenham algum efeito fisiológico. Entretanto, apesar da maioria dos médicos acreditar que as cores podem ajudar seus pacientes, cerca de 70% dos médicos não abrem mão de utilizar roupa branca (mesmo que outra cor fosse ajudar na recuperação de seu paciente).
Em 2008, uma pesquisa realizada por Biomédicos de São Paulo, utilizando camundongos, constatou que dentro de um quadro inflamatório o uso de luz polarizada nas cores azul e verde estimula a ação dos macrófagos (que são estruturas diretamente ligadas a nossa proteção imunológica) enquanto a luz vermelha inibe essa atividade celular.
Numa investigação realizada por enfermeiras em 2012 na Espanha foi utilizada a cromoterapia para auxiliar na cicatrização de úlceras de etiologia venosa em pacientes que não se podia fazer uso do tratamento padrão (compressão no tornozelo) demonstrando que a técnica estimula o aporte sanguíneo na região da ferida, favorecendo a oxigenação.
Ainda que o LASER, LED e Luz Intensa Pulsada (LIP) não sejam considerados tratamentos de cromoterapia (pois possuem características próprias) ainda sim são tratamentos que utilizam cor e que tem dentre seus benefícios: diminuição de manchas, melhora da acne, redução de rugas, diminuição de quadros com dor e inflamação, etc. O LASER e a LIP agem nos nossos principais cromóforos cutâneos (estruturas na pele que absorvem as cores) que são a água, a melanina, a hemoglobina e a oxihemoglobina confirmando as teorias de Heinrich Hertz e Fritz-Albert Popp.
Há diversas formas do uso terapêutico da cor, de forma direta ou indireta, como: utilização de canetas específicas para cromoterapia, spot ou lâmpadas coloridas, água solarizada, gemas (rochas e minerais), ambientes coloridos (por exemplo: ficar numa sala com a parede amarela), roupas coloridas, mentalizações entre outros.
O tempo de tratamento vai depender da necessidade individual do interagente. A cromoterapia é uma técnica que pode ser aplicada de forma segura em crianças, idosos, animais, etc. E também consegue ser associada a qualquer outra prática integrativa e complementar, assim como não interfere nos tratamentos alopáticos.
É uma terapia que não está ligada a nenhuma religião ou sistema filosófico específico e tem se mostrado eficaz na diminuição do cansaço físico e mental, melhora do sono, estimulando a concentração e aprendizagem, diminui dor e inflamação, melhora o sistema imunológico, entre outros.
Texto originalmente publicado no Jornal Live:
STEIN, Lucilaine. Cromoterapia: uso das cores como forma de tratamento- parte 2. Jornal Live, Santo Amaro da Imperatriz, n.45, p.14, 10 jun. 2014. Disponível em: <http://pt.calameo.com/read/0031635923ba8ba6466ea>.
O texto foi repostado no Blog Renata Hermes Naturologia e Athman
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