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Auriculoterapia: tratamento rápido e eficaz

Atualizado: 23 de jan.


Fonte Imagem: Getty Image



"A Auriculoterapia é a terapia que estimula diferentes pontos reflexos no pavilhão auricular para tratar e curar diversas enfermidades". (BRUDIS, 2005, p.5).


A origem exata dessa técnica é desconhecida (Chineses, Persas e Egípcios atribuem a si o mérito da criação da técnica há centenas de anos). Foi uma técnica transmitida empiricamente de geração para geração até os dias de hoje.


Hipócrates utilizou a Auriculoterapia (parecida com a que utilizamos hoje em dia) para tratar impotência sexual através da manipulação de regiões na orelha.


De acordo com Souza (1996) citado por Araújo, Zampar e Pinto (2006), a Auriculoterapia quase foi esquecida, no início do século XX. Foi Paul Noguier, um médico francês, o responsável pelo resgate da técnica em 1957. Através de seus estudos relacionou as zonas reflexas da orelha com regiões do corpo, mapeou-as e introduziu alterações no número e localização dos pontos, os quais se mantêm até os dias atuais. Conseguimos tratar mais de 180 tipos de enfermidades através de mais de 200 pontos ou áreas reflexas. (BRUDIS, 2005).


"Gradualmente, Nogier estabeleceu o conceito de que a forma da orelha assemelha-se a um feto em posição pré-natal, concebido com a cabeça na região do lóbulo da orelha e os membros no sentido do topo da orelha". (GARCIA, 2003 apud ANTUNES, 2008, p.4).


Para a Medicina Tradicional Chinesa, a Auriculoterapia é um dos vários microssistemas presentes no corpo humano, assim como a planta dos pés, palma das mãos e o crânio.

A estimulação de pontos na orelha, através de agulhas ou sementes, gera um estímulo periférico da orelha para o sistema nervoso central (através de reações bioquímicas e neurológicas). Dessa forma, há liberação de substâncias como encefalina e endorfina no cérebro, promovendo analgesia e bem-estar. (DUMITRESCU (1996), apud ARAÚJO, ZAMPAR E PINTO (2006)).

A Medicina Chinesa entende que o estímulo dado através de uma agulha ou semente na orelha é capaz de restabelecer o fluxo de energia (Qi), melhorando a saúde da pessoa tratada.


Tão importante quanto a escolha dos pontos, quando iniciamos um tratamento com Auriculoterapia, é a verificação do pavilhão auricular. Devemos notar se há, em alguma região, dor (pontos dolorosos, também chamados de pontos de reação), diferença de coloração, temperatura, aparecimento de descamação ou pústula, etc. Isso pode ser um indicativo do desequilíbrio que a pessoa está sofrendo.


Além da utilização de sementes de mostarda (que é o tratamento de auriculoterapia mais conhecido), também podemos fazer uso de cristais (microesferas de quartzo, ouro ou prata), micro-agulhas, cromoterapia (através de caneta específica), laser de baixa potência, stipper, massagem e sangria.


Pode ser utilizada sozinha ou associada a outros tratamentos. Eu, particularmente, gosto muito de utilizá-la para potencializar algum tratamento que esteja fazendo, como drenagem linfática, massagem relaxante ou indicação de florais de Bach. O resultado é rápido e as pessoas gostam de mostrar aos familiares e amigos que estão fazendo tratamento, que “as sementinhas vão ajudar nisso ou naquilo”. Além disso, é uma forma dos interagentes descarregarem a ansiedade, visto que terão que manipular os pontos ao longo do dia.


Fregonese (2005) citado por Araújo, Zampar e Pinto (2006, p.37), “relata que ao se iniciar o tratamento por meio da auriculoterapia, o paciente poderá sentir, tanto na orelha quanto em outra parte do corpo, algumas sensações como calor e dor ao se estimular o ponto auricular, sendo estas sensações consideradas normais e esperadas, indicando que aquele ponto é reagente e que o paciente irá responder bem ao tratamento. Entretanto, sudorese e tontura podem ocorrer, sendo consideradas reações inesperadas”.


Segundo Guillen e Muniz (2004), a vantagem da Auriculoterapia consiste em ser uma técnica fácil de aprender, de uso amplo, a resposta normalmente é rápida, tem um fácil manejo e há poucas reações secundárias.



Referências


ANTUNES, Suziely Aparecida. Auriculoterapia como recurso terapêutico na redução de medidas corporais: Estudo de caso. 2008. 22f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) – Faculdade Assis Gurgacz, Cascavel, 2008.


ARAÚJO, A.P.S.; ZAMPAR, R.; PINTO, S.M.E. Auriculoterapia no tratamento de indivíduos acometidos por distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (dort)/ lesões por esforços repetitivos (ler). Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 10, n. 1, p. 35-42, jan./abr., 2006.


BUDRIS, Fabio. Auriculoterapia: Técnicas y Tratamientos. Buenos Aires: Ed. Âgama, 2005.


GUILLEN, Magalis Muñiz; MUÑIS, Filian Romero. Control de hipertensos con fitoterapia y auriculoterapia. Revista Cubana Enfermería, Ciudad de la Habana, v.20, n.1, p. 1-1, jan./abr., 2004.




** Texto publicado originalmente no Blog da Athman: Naturologia, Saúde e Beleza, em 27 de janeiro de 2011, republicado no Blog Sensibilittà em 29 de maio de 2012.


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