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Foto do escritorLucilaine Stein

Conheça o Melasma


Fonte Imagem: Google Images (Clínica Optimize)



Melasma deriva do grego (melas: negro), é uma hipercromia (aumento de coloração) da pele, que atinge principalmente as mulheres. Consiste em manchas irregulares adquiridas (não nascemos com elas) e com coloração acastanhada que acomete áreas fotoexpostas, principalmente a face.

Como locais mais afetados por esse problema temos a testa, têmporas, em cima dos lábios (buço) e queixo. Entretanto, ele pode aparecer em áreas menos comuns como pescoço, braços e região esternal (parte anterior do tórax).


Na maioria dos casos o melasma começa a surgir depois da puberdade, na faixa dos 20 a 30 anos ou podem ocorrer mais tarde, no início da menopausa. Também pode acometer os homens, mas sua manifestação é menor (cerca de 10%). As manchas surgem de forma súbita (não há sinais prévios do seu aparecimento) e são exacerbadas no período de alta incidência solar (verão).


Por acometer principalmente a região da face e promover grande diferença de coloração da pele, é uma alteração inestética que acaba tendo grande impacto na vida das pessoas, afetando a autoestima das clientes e até sua vida social, uma vez que a maioria não consegue sair de casa sem maquiagem. Dessa forma, o melasma é motivo de grande parte das consultas às esteticistas e dermatologistas.



Fatores que podem desencadear o aparecimento do melasma:


- Exposição solar ou exposição à radiação ultravioleta (isso inclui uso de computadores, TV e lâmpadas frias também);

- Genética (se alguém da sua família tem, você tem chances maiores de apresentar do que uma pessoa que não tem histórico familiar);

- Hormonais (uso de hormônios, principalmente anticoncepcionais orais, podem desencadear ou agravar o problema; assim como na fase de climatério e menopausa, pelo uso de terapia de reposição hormonal);

- Gestação (como é um período de aumento na produção de vários hormônios, também pode desencadear um melasma. Muitos médicos dizem que quando ele aparece decorrente de uma gestação seu nome muda para Cloasma gravídico);

- Uso de algumas medicações (como os anticonvulsionantes);

- Uso de cosméticos fotossensibilizantes (o uso de substâncias que interagem com a luz solar sem o uso regular de filtro solar pode piorar o melasma);

- Idiopático (ou seja: surge espontaneamente, causa desconhecida)



Como o melasma é formado:


A melanina é produzida na pele numa estrutura chamada melanossoma, através de várias reações induzidas pela enzima tirosinase. Dentro do melanossoma essa melanina é transportada pelos melanócitos para as camadas da nossa pele. A função dela (além de dar a cor dos nossos olhos e cabelo) é principalmente de ser uma proteção a nossa cútis contra os raios ultravioleta.


Apesar de estar alojada na epiderme (camada mais superficial da nossa pele), em alguns casos essa melanina pode “vazar” para a derme (nossa camada de pele intermediária). Dessa forma temos três tipos de melasma: o epidérmico, o dérmico e o misto. Como seus próprios nomes sugerem, o melasma epidérmico atinge apenas a camada mais superficial da nossa pele (a epiderme); o melasma dérmico está alojado na camada intermediária (derme) e o melasma misto envolve tanto epiderme quanto derme. Quanto mais profundo (quando mais esse melasma for dérmico ou misto), mais tempo o tratamento vai levar (ou mais difícil de clarear); quanto mais superficial (melasma epidérmico, apenas), mais fácil o tratamento. Aproximadamente 70% das pessoas que possuem melasma apresentam o tipo epidérmico, 15% o tipo dérmico e 15% o misto.


O melasma deve ser entendido como uma alteração estética crônica e recorrente, ou seja, uma vez que a mancha se apresenta eu a terei para a vida toda. Por conta disso, não é um tratamento fácil, pois requer bastante disciplina por parte do cliente (já que é um tratamento de longo prazo) e nos períodos com alta incidência solar devemos parar o uso da maioria dos produtos clareadores (que são fotossensibilizantes) e entender que com o aumento da incidência solar é normal que o melasma fique mais evidente.



Tratamento:


O que nós podemos fazer depois que ele surge é usar frequentemente o filtro solar (mínimo FPS 30 com proteção UVA e UVB, pelo menos 3 vezes ao dia), além do uso de bonés e chapéus. A exposição solar, dentre os fatores envolvidos no melasma, é um dos mais importantes uma vez que os clientes notam que no verão suas manchas pioram e no inverno há a diminuição das mesmas.


Devemos aproveitar o período de outono/inverno para realizar procedimentos estéticos como aplicação de ácidos (peelings químicos), ionização com agentes clareadores, Luz Intensa Pulsada, LASER e cosméticos despigmentantes/clareadores que vão amenizar o problema, inibindo a ação da tirosinase (que desencadeia a formação da melanina) e uniformizar o tom da nossa pele.



Texto originalmente publicado no Jornal Live (e reescrito aqui pro blog):


STEIN, Lucilaine. Conheça o Melasma. Jornal Live, Santo Amaro da Imperatriz, n.39, p.14, 20 abril 2014.



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