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Foto do escritorLucilaine Stein

O que são os Florais de Bach

Atualizado: 24 de out. de 2022

Fonte Imagem: Arquivo próprio

Nas últimas semanas tenho sido bastante consultada com relação aos efeitos/eficácia dos Florais de Bach ou mesmo para indicação dos mesmos. Dessa forma, achei interessante escrever um post aqui no blog esclarecendo sobre essa Terapia Complementar.



"As essências florais ou remédios florais são uma forma singular e sutil de medicina vibracional que vem se tornando cada vez mais popular ao longo dos últimos sessenta ou setenta anos. Embora a maioria das pessoas familiarizadas com esta abordagem de cura pensem que a terapia com essências florais surgiu no início do século XX, existem evidências sugerindo ser ela uma abordagem de cura extremamente antiga" (GERBER, 2000).


"São considerados como instrumentos de cura suaves, sutis, profundos, vibracionais, com uso reconhecido em mais de 50 países e aprovados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 1956" (MANTLE, 1997 apud SOUZA, ET AL, 2006).


Os florais ou essências florais são tinturas líquidas preparadas e produzidas a partir de todo tipo de flores (das mais simples, sendo consideradas "ervas daninhas"; até as mais requintadas como orquídeas). Elas não são um medicamento físico, pois não contêm princípios ativos (moléculas de substâncias medicinais que encontramos na fitoterapia, aromaterapia e alopatia, por exemplo) (GERBER, 2000). Por causa disso, muitos pesquisadores questionam sua eficácia, pois se não há princípio ativo (apenas água e brandy/conhaque), o floral seria apenas um placebo e sua cura seria através de autosugestão (ROSADO, et al, 2009). Entretanto, há estudos científicos que utilizaram eficazmente os florais de Bach em animais e plantas (seres que não são sugestionáveis), o que acaba indo de encontro às ideias dos pesquisadores mais céticos. (SOUZA, et al, 2006; VIEIRA FILHO, 2006).


Eu mesma, antes de aprender sobre os 38 florais de Bach, duvidava muito da sua eficácia (pois, como muitas pessoas, ia na farmácia fazer um floral para melhorar a memória, emagrecer, etc; escolhendo florais aleatórios que em nada tinham relação com minha personalidade). Quando comecei a estudar sobre o sistema dos Florais de Bach na faculdade, entendi que todos possuímos personalidades diferentes e reagimos de maneira diferente frente às mesmas situações. Dessa forma, mesmo que duas pessoas estejam tomando um floral para melhorar a concentração, por exemplo, a minha falta de concentração pode ser desencadeada porque não tenho paciência de esperar o conteúdo ser dado, enquanto outra pessoa pode se desconcentrar pois acha que não é inteligente o suficiente e outra porque fica "sonhando acordada". Assim, todas tomarão florais completamente diferentes para o mesmo problema (pois as três são desconcentradas, mas por motivos diferentes). Esse foi um exemplo só para que vocês consigam entender que escolher um floral vai muito além de ler um folheto na farmácia de manipulação.


"A Terapia Floral é totalmente centrada no indivíduo, sendo a sua atuação voltada para as emoções conscientes ou que estejam muito à superfície, ou seja, bastante evidentes. Trata, assim, a terapia floral, de nossos véus, de nossas máscaras, nossas personas" (VIEIRA FILHO, 2006).


O Dr. Edward Bach quando criou seu sistema de remédios florais queria um método de cura simples, natural e efetivo. "Tão simples que as próprias pessoas pudessem se medicar, a partir da observação de seu estado mental e emocional e do reconhecimento dos seus sintomas - um sistema de autoconhecimento, portanto. Tão natural que não tivesse efeitos colaterais: sendo incapaz de causar qualquer mal. E absolutamente eficaz: uma vez dado o remédio certo para a condição a ser tratada, ela seria curada [...]". (BARROS; NEVES, 2004).


Então, se o Dr. Bach criou um método que as próprias pessoas possam se "medicar", por que não posso ir até a farmácia de manipulação e escolher meu próprio floral? Você pode, desde que você tenha autoconhecimento (e isso não é algo que a gente adquire da noite para o dia ou somente nos autoatendendo). Por isso, muitas vezes, precisamos recorrer a um profissional que possa nos ajudar a escolher as melhores essências florais para o nosso "problema" atual, pois essa pessoa estará nos enxergando (e enxergando nosso problema também) de fora, o que torna mais simples a escolha.


Qualquer pessoa pode fazer um curso sobre os florais de Bach e aplicá-los. Vários profissionais da área da saúde (Médicos, Naturólogos, Psicólogos, Fisioterapeutas, Nutricionistas, Enfermeiros, Ondontólogos, Massoterapeutas, Esteticistas, etc); Pedagogos, Assistentes Sociais, Cuidadores de crianças e/ou idosos, Veterinários, Biólogos, Pais, Mães, Avós, etc. Não é necessário que a pessoa tenha formação acadêmica.


Os florais podem ser aplicados em quaisquer pessoas: crianças, adultos, idosos, gestantes, hipertensos, etc. Também podem ser utilizados em animais, plantas e borrifados no ambiente. Outra forma de aplicação (além da oral), é a utilização de compressas em determinadas partes do corpo.


Referências


BARROS, Lúcia Cristina; NEVES, Maria Aparecida. Florais. São Paulo: Editora Caras, 2004. 47 p. Coleção Caras Zen.


BONTEMPO, Márcio. Medicina floral. Rio de Janeiro: Ediouro, 1994. 207 p.


Facioli F.; Soares A.L.; Nicolau R.A. Terapia Floral na Odontologia no controle de medo e ansiedade: revisão de literatura. In: Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e Encontro Latino Americano de Pós-Graduação, 14., 2010, São José dos Campos, 2010, p. 1-5. Disponível em: <http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2010/anais/arquivos/RE_0766_0632_01.pdf>. Acesso em: 8 jun. 2012.


FERNÁNDEZ, Sureima Callís. Terapia floral de Bach en niños con manifestaciones de hiperactividad. MEDISAN, Santiago de Cuba, v. 15, n. 12, p. 1729-1735, ago. 2011. Disponível em: <http://scielo.sld.cu/scielo.php?pid=S1029-30192011001200007&script=sci_arttext&tlng=en>. Acesso em: 8 jun. 2012.


GERBER, Richard. Medicina vibracional: uma medicina para o futuro. 8. ed. São Paulo: Cultrix, 2003. 463 p.


GERBER, Richard. Um guia prático de medicina vibracional: uma medicina para o futuro. São Paulo: Cultrix, 2000. 448 p.


ROSADO, Jorge A. Bergado; et al. Ausencia de efectos de la terapia floral aplicada a adultos jóvenes con el fin de mejorar su memoria. Revista Cubana de Investigaciones Biomédicas., [s.l], v. 28, n. 4, p. 1-11, set. 2009. Disponível em: <http://scielo.sld.cu/scielo.php?pid=S0864-03002009000400001&script=sci_arttext>. Acesso em: 8 jun. 2012.


SOUZA, Márcia M. de; et al. Avaliação dos efeitos centrais dos florais de Bach em camundongos através de modelos farmacológicos específicos. Revista Brasileira de Farmacognosia, João Pessoa, v. 16, n.3, p. 365-371, jul./set. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-695X2006000300014&script=sci_arttext>. Acesso em: 8 jun. 2012.


VIEIRA FILHO, 2006. Aula de Terapia Floral de Bach - Comunidade de Estudos Avançados. In: Holística 2006, 3., 2006, São Paulo. Palestra. São Paulo, 2006, p.1-41. Disponível em: <http://www.sinte.com.br/holopedia//index.php?action=artikel&cat=90&id=32&artlang=pt-br>. Acesso em: 8 jun. 2012.



Texto publicado originalmente no Blog Sensibilittà em 13 de junho de 2012 e reescrito aqui para o blog.


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