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Foto do escritorLucilaine Stein

Shantala: a massagem infantil que estreita o vínculo entre pais e bebê

Atualizado: 12 de jan.


Fonte Imagem: Google Images (Kalmma SPA)



“Sim, os bebês tem necessidade de leite. Mas muito mais de serem amados e receberem carinho. Serem levados, embalados, acariciados, pegos e massageados”. (Frédérick Leboyer)



Dentro do útero, os movimentos e barulhos que a mãe faz são parte do mundo do bebê. Lá dentro ele se sente protegido, embalado e amado. Quando chega a hora do nascimento a criança tem que deixar essa realidade de segurança e partir pra uma nova aventura: “nascer”.


Nesse novo mundo, o bebê acaba se sentindo desamparado, num lugar cheio de efeitos luminosos e sonoros que não reconhece, assim como tem que se adaptar a uma rotina (como comer e dormir, por exemplo) que não entende muito bem. Dessa forma, muitas vezes seu choro não é porque quer comida, precisa ser trocado ou está sentindo dor; às vezes ele chora porque precisa de contato físico, ser afagado, se sentir seguro. Uma das formas que podemos reforçar o contato físico com o bebê é através da massagem infantil, chamada de Shantala.


Em uma viagem à Índia, o médico francês Frédérick Leboyer notou que apesar da pobreza, as crianças daquele local eram alegres e tinham bom tônus muscular. Observando a forma como suas mães as criavam percebeu que elas diariamente massageavam os seus filhos e que isso poderia estar relacionado ao bom desenvolvimento das crianças. Ele resolveu então registrar a tal massagem por meio de fotos e chamou o método de Shantala, pois esse era o nome da mulher fotografada; lançou um livro sobre a técnica e difundiu seus benefícios para inúmeros países.


No Brasil a técnica começou a ser disseminada a partir de 1978 pela professora de yoga Maria de Lourdes da Silva Teixeira (conhecida como Fadynha), e mais tarde ela começou a dar cursos de Shantala não só para pais, mas também para profissionais da área da saúde e pedagogia.


A massagem em crianças é uma tradição passada de mãe para filha na Índia, mas aqui no ocidente a Shantala tem sido recomendada não só para aumentar esse vínculo entre mãe e bebê, mas também entre pai e bebê, pois o pai não tem o privilégio de conviver ativamente com a criança no período em que ela encontra-se na sua vida intrauterina.


A Shantala é uma técnica bastante tranquila de aprender por meio de cursos, vídeos ou livros, pois as manobras são de deslizamentos (passar as mãos no bebê).


Os principais benefícios da massagem em bebês são: deixá-lo mais calmo e relaxado, aumentar o vínculo entre os pais e o bebê, diminui gases (e prevenir cólicas e prisão de ventre) e auxilia a ter um sono tranquilo.


Vários estudos apontam que crianças que receberam Shantala se desenvolveram melhor (tanto a parte cognitiva quanto motora), assim como tem seu sistema imunológico reforçado e são emocionalmente mais equilibradas, se comparadas aquelas que não receberam massagem.


A partir do primeiro mês de vida o bebê já pode ser massageado e devemos lembrar que nem sempre ele vai simpatizar com a massagem logo na primeira vez. É importante que a pessoa que faz a massagem (mãe ou pai) não se sinta frustrada se o bebê não quiser e que tente se manter calma e relaxada, pois a criança acaba percebendo nossas emoções e por isso pode ficar irritada. Uma forma de iniciar a massagem é alisar as mãos e pés do bebê, até que ele se acostume com o toque. Lembre-se de manter contato visual com a criança e de falar o mínimo possível, pois estamos conversando com ela numa linguagem não verbal (olhando, tocando, sentindo).


A massagem sempre será feita com óleo 100% vegetal (pode ser de semente de uva, amêndoas doce, girassol, etc) e nunca com óleo mineral, pois a pele do bebê é extremamente sensível. A duração da massagem é de 15 minutos ou mais, dependendo da aceitação da criança.


Deve-se criar uma rotina para fazer a massagem, acontecendo sempre no mesmo horário. O ideal é fazer meia hora depois da mamada, para que a criança não esteja com fome e nem com a barriga cheia.


Depois da massagem é interessante dar um banho de imersão, também chamado de ofurô ou banho de balde, para acalmar ainda mais o bebê e induzir o sono. Semana que vem ensino vocês como fazer esse tipo de banho.



Texto originalmente publicado no Jornal Live:


STEIN, Lucilaine. Shantala: a massagem infantil que estreita o vínculo entre pais e bebê.Jornal Live, Santo Amaro da Imperatriz, n.51, p.16, 22 jul. 2014. Disponível em: <http://pt.calameo.com/read/00316359204f231614577>.


Matéria republicada no Blog Renata Hermes em setembro de 2017




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